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Cristão na política: Temos de participar!



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Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” (Bíblia Sagrada, Mateus capítulo 5 versículo 6)


O assunto política sempre suscitou controvérsia entre os irmãos em Cristo quanto a participação. A orientação mais comum que ouvimos é a de que o cristão não deve participar da política porque o reino de Cristo não é deste mundo, a pregação do evangelho (a mensagem do amor de Deus em Cristo) deve ser prioridade a igreja, e sempre haverá perseguições ao povo de Deus, logo não importando quem Deus levanta como autoridade e sim que o cristão persevere até o fim não negando o nome de Cristo.


Em parte, faz sentido e deve ser levado em conta muitos destes argumentos, afinal, a igreja existe com a missão de anunciar o evangelho através de um testemunho transformado pelo Espirito Santo para que o mundo possa ser salvo mediante a fé em Jesus Cristo recebendo-o como Senhor e Salvador Pessoal. Entretanto, a palavra de Deus nos dá razões para que todos os cristãos participem da política e na política.


Como assim? Talvez você me pergunte. Sou obrigado ou tenho de me inscrever num partido político para participar da política? Concorrer a cargos políticos? A minha resposta é não, mas nada o impede ou faz erroneamente de participar até mesmo se inscrevendo num partido político ou concorrer a eleições. Temos que participar na política e da política pelo motivo acima descrito em nosso texto, palavra de nosso Senhor e Salvador Jesus: FOME E SEDE DE JUSTIÇA.


A política de um governo influencia diretamente na aplicação da justiça a uma sociedade que a ela está sujeita, e portanto, faz-se de fundamental importância que cristãos não fiquem calados aceitando passivamente a toda e qualquer ordenação que contrarie a vontade de Deus. Em Mateus capítulo 6 versículo 33 onde Jesus diz que deve buscar primeiramente o reino de Deus e a sua justiça para que então todas estas coisas nos sejam acrescentadas, ainda que o contexto diga a básicas necessidades humanas como o sustento (comer e vestir), a passagem também se aplica a uma participação do cristão no contexto político com o intuito de promoção do bem-estar e progresso social a todos alicerçados nos princípios que Deus estabeleceu para uma vida em sociedade.


O exercício de cidadania também é participar da política. A prática de cidadania costumeiramente consiste em boas obras dirigidas a comunidade em que vive e, uma vez os cristãos se envolvem com esta prática, conhecem as dores e necessidades de seu próximo consequentemente podendo demonstrar o amor de Deus que se encontra nela e ao mesmo tempo desenvolve consciência de uma causa maior e mais profunda para anunciar o evangelho aos confins da terra, mas também as autoridades. Políticos também precisam conhecer a Cristo, conhecer o evangelho e ser transformados para que a nação seja feliz pois neste caso, a nação vem a ser do Senhor se o governo se sujeitar a Ele. Participar continuamente em ações de cidadania possibilita ao cristão oportunidade de fazer diferença no reino inclusive podendo entrar em maior contato com autoridades.


Nas escrituras ainda vemos os profetas do antigo testamento denunciando não só a idolatria do povo de Israel mas também a opressão, miséria, injustiça social, a corrupção e ainda temos na palavra de Deus (Exemplo: Isaias cap. 1:23, Ezequiel 22:22-23, Oseias 12:7, etc.) e Romanos capítulo 12 versículos 1 e 2 para que não nos conformemos ao mundo e sim o transformemos com a renovação de nossas mentes para que experimentemos quão boa, perfeita e agradável é a vontade de Deus. Juízes foram levantados por Deus pra livrar o povo de governos tiranos (Juízes cap. 2 versículo 16 a 19). Uma pergunta que deixo aos cristãos que ainda insistem em não participar da política é: A política, o meio político, é uma coisa que não precisa ser transformada pela renovação de nossas mentes em Cristo?


O problema é que muitos cristãos, ao ver outros cristãos, seja evangélico ou católico, se envolverem em escândalo, dizem que não é bom participar porque o meio político, principalmente no Brasil, país que vivemos, é muito traiçoeiro. Pelo contrário, devemos participar visando uma mudança na mentalidade não só dos cidadãos mas também dos governantes. Não estaremos sendo luz para o mundo para essa questão se ficarmos parados. Seremos um sal insípido que nada vai servir senão ser pisado pelos homens se ficarmos calados, se não agirmos, se não participarmos ativamente na política. Calados e indiferentes permitiremos com que a injustiça social e a destruição de valores tenha força de autoridade a um povo que ainda necessita conhecer a Jesus.


Então, você pode estar convencido, sendo cristão, de participar da política e não sabe como. Pois bem, aqui darei algumas sugestões visando um exercício saudável desta questão muito importante que não pode ser ignorada. Há tempo pra todas as coisas:


1º) Fortaleça a cada dia sua comunhão pessoal com Deus: oração, leitura da palavra, reflexão, prática diária (testemunho) no lar, local de trabalho, todo lugar e todas as pessoas. Você na dependência de Deus, pode fazer a obra de Deus N´ELE. Sem Cristo nada podemos fazer.


2º) Você pode praticar da política no exercício de sua cidadania: ajude quem precisa, denuncie o que está errado, mande opinião e sugestão aos governantes, exija de quem votou (vereador, prefeito, deputado, governador, presidente) representação de seus ideais e cumprimento das promessas de campanha, informe-se sobre a possibilidade de mobilizar pessoas para ajuda na realização de obras que faça diferença na vida das pessoas seja por instrumentos como abaixo assinados ou reuniões coletivas. Se desejar, faça parte de organizações cristãs empenhadas no propósito .


3º) Se você é apenas um membro comum numa igreja local mas sente um grande desejo em participar da política como político de carreira, procure inscrever num partido político que esteja alinhado aos seus princípios em Cristo e nunca abra mão de seus princípios em nome de partido algum. Se não houver partido em sua opinião, não faça parte de nenhum do que participar de algo a qual não concorda.


4º) Se você deseja o pastorado (episcopado), missões (ser missionário), ser diácono, viver no louvor (cantor cristão), capelão, ou outro ministério específico, então apenas participe da política como mero cidadão, não como político, e sim como apoiador da causa de Cristo para a política. JAMAIS abandonando a vocação pela qual foram chamados. Lembremos que os apóstolos de Cristo em Atos cap. 6 versículos 1 a 7 observaram a necessidade de priorizar o ministério principal que Deus os chamou de um ministério secundário a eles (o de cuidar das mesas, dos órfãos, que foi dado a 7 diáconos) na Bíblia.


5º) Rejeite a todo candidato ou partido que tem propostas contrárias a vontade de Deus ao votar. Pesquise o histórico dos candidatos e avalie propostas de governo. Tenha ação inteligente, vote consciente.


Finalizando, é evidente que o anúncio do evangelho seja a prioridade na ordem dos mandamentos de Cristo ao cristão, mas a participação da política é muito importante e não deveria ser ignorada dada a seu amplo alcance de glória para Deus. Realizando a ambos, o cristão será mais parecido a Cristo em seu viver porque ele veio para o seu povo anunciar que o reino de Deus está próximo e Deus pode reinar nos corações e na vida das pessoas através da nossa obediência a ELE permitindo o Espirito Santo agir convencendo os homens do pecado, da justiça e juízo mesmo no meio político.


Que o Senhor abençoe a todos. Obrigado pela leitura.

 
 
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